O Investir na segurança de dados e sistemas é uma necessidade, embora ainda haja muita confusão em relação a esse assunto. Entre os tópicos que mais geram confusão, temos a diferença entre disaster recovery e failover.
Você sabe como distinguir esses dois importantes conceitos de maneira a adotar a solução que melhor atenda às necessidades de sua empresa? Se não, então prossiga na leitura desse artigo!
Disaster recovery vs. failover #1: diferença entre esses conceitos
Antes de qualquer coisa, é preciso que sejam entendidas as diferenças no que diz respeito aos conceitos de disaster recovery e failover. A seguir, explicitamos cada um deles de maneira a evidenciar melhor suas diferenças.
Conceito de disaster recovery
O disaster recovery, ou “recuperação de desastres”, é um conjunto de procedimentos previamente estabelecidos com o intuito de recuperar servidores e máquinas em eventos inesperados de características disruptivas.
Entre esses eventos, podemos mencionar os ataques cibernéticos, os blecautes, os incêndios e os desastres naturais causadores de enchentes, terremotos e descargas elétricas.
Conceito de failover
Já o failover, ou tolerância a falhas, não é um plano de ações, mas são componentes de backup que agem de maneira secundária, quando partes específicas de um sistema falham.
Enquanto do disaster recovery envolve uma série de procedimentos a serem observados, o failover já se encontra integrado aos sistemas.
Disaster recovery vs. failover #2: diferenças quanto ao objetivo
Embora essas sejam duas formas de proteger os sistemas de informação das empresas, elas agem de formas diferentes.
De fato, o objetivo imediato da recuperação de desastres é permitir que os sistemas afetados por um evento imprevisto possam ser recuperados, evitando a perda de informações que tenham valor para uma organização.
Ademais, os procedimentos previstos no plano de disaster recovery deve visar a redução do tempo de suspensão das atividades dos sistemas das empresas.
Por outro lado, a implementação de soluções de tolerância a falhas tem como objetivo primário manter os sistemas em funcionamento em caso de falhas em componentes específicos.
Ou seja, não há a interrupção do funcionamento, haja vista que os sistemas de alta disponibilidade possuem dispositivos e aplicações redundantes.
Disaster recovery vs. failover #3: diferenças na implementação
Os procedimentos para implementar soluções de recuperação de desastre ou de tolerância a falhas não são iguais.
No caso da implementação de disaster recovery, esta costuma ser elaborada pelos gestores da área de TI. Normalmente, eles possuem 3 etapas, que são:
- Plano para administração de situações de crise;
- O plano de continuidade das operações;
- Plano de recuperação dos sistemas afetados.
Os desenvolvedores desse plano devem ter como prioridade os sistemas críticos da empresa, fazendo o uso de ferramentas que permitem o rastreamento e neutralização de ameaças.
Já a implementação do failover ocorre, normalmente, nos clusters de sistemas de alta disponibilidade.
Os recursos redundantes instalados assumem as funções de componentes que falham no meio da operação do sistema.
A tolerância a falhas pode ser aplicada diretamente a inúmeros componentes, como servidores, processadores, redes e bancos de dados.
Disaster recovery vs. failover #4: diferenças no funcionamento
O modo de funcionamento das soluções de disaster recovery também é distinto do funcionamento do failover. A seguir, distinguimos em mais detalhes como essas duas ferramentas funcionam.
Funcionamento do disaster recovery
A recuperação de desastres funciona como um plano detalhado de ações para a retomada do funcionamento dos sistemas e a salvaguarda das informações.
Para isso, esse plano deve estabelecer de maneira detalhada as soluções de backup a serem utilizadas e o hardware necessário para as aplicações.
É preciso, ainda, que o plano tenha determinado o ponto e o tempo de recuperação dos sistemas, de maneira a evitar a inutilização de informações e processos.
Funcionamento do failover
O failover age no interior dos sistemas, podendo ser aplicado a qualquer equipamento. Ele evita falhas tanto em portas de rede quanto em discos.
Sua aplicação é muito comum em storages e servidores, nos quais podem ser aplicados, por exemplo, os sistemas de tipo “heartbeat”. É possível, ainda, adotar um servidor de tipo “spare parts”.
Em linhas gerais, podemos dizer que o failover funciona como um backup no interior dos próprios sistemas, que evitam interrupções por falhas de hardware ou software.
Disaster recovery vs. failover #5: diferenças na operação
Esses procedimentos também se diferenciam quanto à necessidade ou não de intervenção humana.
O disaster recovery, por exemplo, necessita que sejam tomadas uma série de medidas para a recuperação de medidas.
Em outras palavras, o plano de recuperação de desastres precisa da intervenção humana.
Já o failover pode ou não ser automatizado. De fato, enquanto aplicações do tipo heartbeat são automatizadas, os sistemas com “aprovação manual” exigem o monitoramento contínuo das equipes de TI.
Disaster recovery e failover: qual é o melhor?
Para concluir, podemos dizer que não há como responder de maneira categórica a essa pergunta, pois essa resposta dependerá das necessidades específicas de cada negócio.
Por isso, antes de fazer a comparação “disaster recovery vs. failover”, você deve saber qual é a tolerância de seus sistemas e como um plano de recuperação de desastres pode evitar prejuízos para o seu negócio. Faça essa reflexão!
Como você protege os sistemas informatizados da sua empresa? Já adota alguma das duas soluções que comparamos aqui? Comente!