Cibersegurança: desafios, oportunidades, LGPD e o futuro da proteção de dados

Cibersegurança
A cibersegurança deixou de ser um tema técnico e se tornou estratégica para empresas de todos os setores. A digitalização acelerada, o trabalho remoto e a sofisticação dos ataques cibernéticos colocam a proteção de dados no centro das prioridades corporativas.

 

No Brasil, o setor de cibersegurança movimentou US$ 3,68 bilhões em 2024 e deve ultrapassar US$ 4,5 bilhões até 2029, crescendo 10,3% ao ano, de acordo com pesquisa e relatório publicado pela Mordor Intelligence.

Apesar desse avanço, os riscos continuam altos: apenas 14% dos órgãos públicos federais implementaram a maioria das medidas recomendadas.

O país registrou mais de 700 milhões de tentativas de ataques cibernéticos em um único ano, equivalente a 1.379 invasões por minuto, conforme matéria da CNN.

O custo médio de uma violação de dados no Brasil ultrapassa R$ 7,19 milhões, segundo a IBM, e os impactos vão além do financeiro, atingindo reputação, confiança e continuidade operacional.

Investir em cibersegurança deixou de ser opcional. Hoje, é um requisito essencial para a continuidade e a proteção de qualquer negócio.

O cenário da cibersegurança no Brasil e no mundo

A transformação digital criou novas possibilidades de negócios, mas também abriu espaço para vulnerabilidades inéditas. Ataques mais sofisticados, o crescimento do cibercrime organizado e a pressão por conformidade regulatória estão entre os maiores desafios das empresas.

O mercado global reflete essa tendência: companhias estão revendo processos, investindo em tecnologias de defesa e adotando políticas de governança digital. No Brasil, a situação é ainda mais urgente, já que o país figura entre os mais atacados do mundo em número de tentativas de invasão.

O recado é claro: sem estratégias de cibersegurança, a sobrevivência das organizações fica em risco.

Impactos da transformação digital

A pandemia foi um marco para a segurança digital. Com o trabalho remoto massificado, empresas precisaram digitalizar processos em tempo recorde, o que também significou ampliar riscos.

Reges Bronzatti ressalta esse efeito:

“Como muita gente teve que trabalhar durante muito tempo remoto, tu teve que acelerar uma série de ações e processos no dia a dia que passava pela digitalização. Mas agora nós vamos pagar o preço dessa digitalização”.

Bronzatti conclui com um adendo muito importante: “Com uma IA generativa, eu falsifico qualquer imagem, inclusive comprovantes e documentos de identidade. A pergunta que talvez nós tenhamos que nos fazer é: qual é o próximo estágio da validação de cadastros?”

Além de ataques tradicionais, novas ameaças surgem com o avanço da Inteligência Artificial, como a falsificação de documentos e identidades digitais. Esse cenário reforça a necessidade de investir em métodos mais robustos de autenticação e monitoramento.

Leia também: IA Generativa na Cibersegurança: defendendo dados críticos

As principais ameaças no cenário atual

O avanço da IA e o aumento da superfície digital expõem empresas a novos riscos. Ataques de phishing, engenharia social, ransomware e vazamento de dados continuam entre os principais desafios.

“O maior erro ainda é pensar em cibersegurança só depois de um incidente. A prevenção custa muito menos do que remediar um ataque”.

Reges Bronzatti, advogado especialista em Direito Digital.

“A Inteligência Artificial ampliou a sofisticação dos ataques. Hoje, criminosos conseguem criar golpes personalizados em segundos”.

Ricardo Dastis, CTO da Scunna Cyber Defense Center

A convergência entre privacidade e personalização também é um ponto sensível. Dastis destaca a tendência da hiperpersonalização, especialmente em soluções B2C:

“É quase como se o app do banco fosse exclusivo do cliente, do usuário. Essa fronteira, entre privacidade e hiperpersonalização passa a acontecer de forma mais estruturante, mais deliberada e com uma estratégia do segmento, principalmente o B2C”.

E complementa o alerta: “Essa fronteira é perigosa hoje, porque você induz alguém a tomar uma decisão baseada numa informação que tu gerou para aquela pessoa, mas ela não teve a liberdade do livre arbítrio”.

Essas reflexões mostram como o equilíbrio entre inovação e ética será determinante para o futuro da segurança digital.

LGPD como motor de transformação

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) não deve ser vista apenas como um peso regulatório, mas como uma oportunidade para criar valor. Empresas que encaram a LGPD de forma estratégica conseguem alinhar segurança, transparência e inovação.

Bronzatti afirma que: “A LGPD foi um divisor de águas. Muitas empresas só começaram a olhar para a proteção de dados por causa da regulação”.

No entanto, tecnologia e legislação não bastam sem engajamento humano. Criar uma cultura de segurança é fundamental para mitigar riscos.

E Dastis confirma isso: “Tecnologia sozinha não resolve. A cultura de segurança precisa estar presente em todos os níveis da organização”.

Saiba mais sobre LGPD e Compliance: 4 soluções em tecnologia para ficar em dia com a Lei Geral de Proteção de Dados

O futuro da segurança digital

Novas tecnologias estão moldando o campo da cibersegurança. Entre as tendências que devem se consolidar nos próximos anos, estão:

  • uso de Inteligência Artificial para monitorar e responder a incidentes em tempo real;
  • fortalecimento da autenticação multifatorial e biometria;
  • criptografia avançada para proteger dados sensíveis;
  • gestão proativa de vulnerabilidades e análise contínua de riscos.

Essas práticas deixam claro que a cibersegurança não é um projeto com começo e fim, mas um processo contínuo.

Caminhos para empresas no começo dessa jornada

Para empresas que estão no início da maturidade em cibersegurança, os especialistas recomendam passos práticos:

  • mapear dados sensíveis e entender onde estão armazenados;
  • investir em treinamentos de conscientização para colaboradores;
  • implementar medidas básicas de proteção, como senhas fortes, backups e autenticação multifatorial;
  • adotar políticas de governança que unam compliance, tecnologia e cultura organizacional.

Essas ações iniciais já ajudam a reduzir riscos e criar um ambiente de segurança mais sustentável.

Conheça Reges Bronzatti e Ricardo Dastis

Reges Bronzatti é advogado especializado em Direito Digital, com formação dupla em Informática e Ciências Jurídicas. Ele é mestre em Ciência da Computação e atua como professor universitário na área de Direito Aplicado a Sistemas de Informação.

Bronzatti também foi presidente da Associação Brasileira das Empresas de Software e Serviços de Informática do RS, além de ser reconhecido por sua expertise em LGPD e governança de TI.

Ricardo Dastis possui mais de 25 anos de experiência em Segurança da Informação e é sócio e CTO da Scunna Cyber Defense Center. Pós-graduado em Ciências da Computação, com certificação CISM (Certified Information Security Manager).

Dastis já foi CISO em outras grandes empresas e tem atuado como professor em diversas instituições de ensino superior na área de Segurança Cibernética, como pós-graduação da PUCRS, além de ser coautor do livro “GRC: Governança, Risco e Conformidade – Siga este Conselho”.

Continue ligado no Adentro Labs

A cada novo episódio, o Adentro Labs reúne especialistas e líderes de diferentes setores para discutir tendências, desafios e soluções em tecnologia.

O podcast é apresentado por Ronaldo Barbieri, CEO da Adentro, e traz conversas acessíveis, diretas e cheias de insights práticos para empresas que querem inovar com segurança.

Cibersegurança é estratégia: prepare sua empresa para o futuro

A cibersegurança já não é apenas um requisito técnico, mas uma decisão estratégica que protege dados, fortalece a confiança e garante a continuidade dos negócios.

Os insights de Reges Bronzatti e Ricardo Dastis no Adentro Labs deixam claro que segurança digital é uma jornada de adaptação constante.

Assista agora ao episódio #5 completo do Adentro Labs:

Veja também os quatro primeiros episódios do Adentro Labs no canal no YouTube da Adentro ou no Spotify:

Episódio #1 sobre Continuidade de Negócios:
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Episódio #2 sobre IA – Inteligência Artificial:
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Episódio #3 sobre Segurança e Proteção de Dados:
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